Listas... todo mundo gosta de listas, desde mulheres, crianças, marmanjos, todos quando vêem uma lista, param pra dar uma olhadinha, nem que não seja de seu interesse. Se for lista de jogos então, quem gosta certamente para pra ver, mesmo que seja dos piores jogos, o que passa longe do post de hoje.
Hoje, aniversário de 3 anos do Shugames, lhes apresento as CINQUENTA pérolas escondidas dos arcades, CINQUENTA jogos que TODOS deveriam experimentar, CINQUENTA jogos praticamente desconhecidos do grande público, CINQUENTA jogos que muito provavelmente mereciam uma continuação ou versão para consoles caseiros (alguns até tem), mas que, por motivos mais obscuros ainda, ficaram no passado.
Deu um trabalho ENORME montar o post, escolher os jogos, tirar as screens e procurar informações sobre os mesmos, espero que todos apreciem.
OBS: essa lista não é dos MELHORES ARCADES DE TODOS OS TEMPOS, pra fazer uma lista assim eu precisaria de mais de 100 jogos, 50 seria pouco. A intenção dessa lista é apenas divulgar jogos tidos como pouco conhecidos ou totalmente desconhecidos, o que, no fim das contas, é a proposta principal do Shugames.
Com vocês, As 50 Relíquias Perdidas dos Arcades! Boa leitura!
50 - Ken Go
Ano: 1989
Produtora: Irem
Se Shinobi fosse feito por chineses, provavelmente resultaria no Ken Go. Controlando um samurai invocado, temos como mote picotar um monte de ninjas clones e mais samurais pelo caminho até... sei lá onde. O jogo não tem botão de pulo, então, o direcional faz as vezes para o boneco saltar, pressionando para cima.
Não tem nada de inovador, tampouco diferente, é um jogo legal, com uma grande dificuldade, mas interessante por isso mesmo.
49 - Act-Fancer: Cybernetick Hyper Weapon
Ano: 1989
Produtora: Data East
Eis um jogo que poucos devem conhecer, mas que não deixa muito a desejar. Apesar da absurda dificuldade (2 tiros e adeus vida, power-ups e tudo mais), o game instiga o jogador a avançar cada vez mais em busca de melhoramentos pro personagem, enquanto dizima dezenas de inimigos insetos num planeta inóspito.
Sua máquina, em determinado momento, chega a atirar até na VERTICAL, provando queo Hyper Weapon do título não foi escrito à toa.
48 - Dragon Buster
Ano: 1984
Produtora: Namco
Dragon Buster lembra bastante Wonder Boy in Monster Land no que diz respeito à gráficos, pois sua mecânica é totalmente diferente: aqui não temos armaduras, luvas, botas ou sequer espadas novas. O negócio é resolvido, no máximo, usando magias que são coletadas de alguns inimigos.
Seu boneco não defende e precisa terminar o mapa todo com uma única barra de energia. Junte isso ao fato de que itens de cura são escassos e temos um desafio cabeludo pela frente...
47 - Arabian Magic
Ano: 1992
Produtora: Taito
Seguindo os moldes de Arabian Fight da Sega, mas com personagens menores, Arabian Magic é um simpático beat'n up envolvendo toda a mitologia egípcia que tem direito. Isso vai desde personagens simbólicos como Sinbad até gênios enfurecidos, espadas, castelos e calças largas.
Um jogo razoável, que deixa a desejar pela repetição e poucos golpes disponíveis.
46 - The Astyanax
Ano: 1989
Produtora: Aicom
Um jogo interessante, lembrando bastante Golden Axe, mas com scroll lateral. Astyanax tem bons gráficos e uma dificuldade acentuada, por se tratar de um game arcade. A missão é seguir em frente dizimando lagartos, esqueletos, morcegos e toda a sorte de inimigos que surgirem, usando pra isso seu precioso machado sangrento. Escudos e energia podem ser encontrados, bem como itens que dão pontos.
Vale dizer que existe uma versão para NES do game, que por sinal ficou tão diferente que em quase nada lembra essa bela versão de Arcade.
45 - Asylum
Ano: 1992
Produtora: Leland
Apesar do MAME apontar o game como um PROTÓTIPO, o jogo, pelas minhas pesquisas, foi realmente lançado. Asylum te coloca na pele de um dos três protagonistas com a missão de escapar de um calabouço infernal, fazendo uso de diversos tipos de itens para isso. Misturando shooter com Diablo, o jogador encontra desde magias até novas armas, melhoramentos e muitos itens bizarros.
Armadilhas estão espalhadas por todo canto também, o que torna a tarefa de avançar no jogo um tanto arriscada...
44 - Avenging Spirit
Ano: 1991
Produtora: C.P. Brain
Avenging Spirit é um game tão criativo que eu custo a acreditar que nunca foi sequer portado pra nenhum console na época. Um ano depois, foi lançado para Game Boy e, mais atualmente, saiu pro Virtual Console do Wii até mesmo o iOS da Apple recebeu sua cópia. A trama, baseada na morte do personagem principal, envolve o mesmo a "entrar" no corpo de qualquer inimigo do jogo, fazendo com que o jogador passe a controlá-lo. Esse é o único meio dele salvar sua namorada, raptada pela mesma gangue que o assassinou um dia.
Unindo bons gráficos, uma boa jogabilidade e a variedade de inimigos que podem ser dominados, Avenging Spirit é um game que merecia uma continuação nos 16 bits.
43 - Battle Chopper
Ano: 1987
Produtora: Irem
A Irem, conhecida principalmente pelo famoso R-Type, também se arriscou num jogo de helicópteros. E, apesar do jogo ser meio desconhecido, não deixa nada a desejar. Em Battle Chopper, controlamos um pequeno helicóptero que atira tanto pra cima, quanto pra frente, além de soltar pequenas bombas quando está no solo. Essa mecânica variada de ataques é o grande charme do jogo: durante as fases, é possível destruir blocos de pedra e descobrir, dentre tantos diamantes, itens importantes que podem ser comprados (usando a grana dos diamantes em questão), como tiros melhorados, bombas maiores, velocidade, etc.
Um jogo tão criativo e tão... difícil. Os inimigos não dão a menor trégua, o que acaba anulando muitas vezes a exploração do cenário. Se fosse algo mais contido, o game seria melhor aproveitado. É mais um que merecia uma versão pros consoles 16 bits, apesar de ter saído também para uma porrada de console da época, bem como no Virtual Console do Wii.
42 - Osman
Ano: 1996
Produtora: Mitchell Corp.
Do mesmo produtor de Strider, não é de se estranhar a semelhança com o mesmo. Osman (Cannon Dancer no Japão), tem similaridades com quase tudo de Strider, desde movimentos, personagens, inimigos e etapas. Tanto é verdade que o jogo é tido como uma sequência não oficial do primeiro game, já que o segundo é totalmente descartável.
O visual do jogo chama bastante atenção, mas é na jogabilidade que reside sua melhor característica. Osman pula e ataca como poucos, lembrando bastante nosso querido Hyriu.
41 - Bay Route
Ano: 1989
Produtora: Sunsoft
Mais um game no melhor estilo atire primeiro, pergunte depois. Bay Route segue a cartilha dos tiroteios da década de 80, comecinho de 90, onde o jogador controla um soldado macho pra caralho que enfrenta um MUNDO de inimigos armado apenas com sua metranca modificável.
De diferente, apenas a possibilidade atirar pra cima segurando o trabuco com apenas um braço, mas era o que bastava para deixar o personagem mais cool naquela época.
40 - Cadash
Ano: 1989
Produtora: Taito
Ah a Taito, sempre ela... Quem diria, um RPG para fliperamas que não é uma cópia de Gauntlet.. Enfim, Cadash (que saiu também para Mega Drive e Turbografx) permite escolher uma das 4 classes básicas de personagem para começar a história. Durante o jogo, coleta-se itens, armas, evolui-se o personagem enquanto enfrenta-se inimigos dos mais variados tipos em diversos cenários diferentes.
Por ser de natureza 2D de plataforma, a dificuldade não dá moleza e morrer faz parte. Com sorte, consegue-se evoluir e viver por mais tempo no game. Vale ressaltar que o visual do jogo é muito agradável também.
39 - Cameltry
Ano: 1989
Produtora: Taito
Mais um jogo criativo da Taito, em Cameltry o objetivo não é controlar a bolinha, mas sim, A PRÓPRIA TELA. Rotacionando a mesma, é preciso fazer com que a bolinha vá seguindo pelo caminho indicado por setas até alcançar o goal.
Desnecessário dizer que alguns percursos tem buracos fatais, blocos que rebatem e tantas outras coisas. Lembra, vagamente, Monkey Ball, sob uma nova ótica, claro.
38 - Action Hollywood
Ano: 1995
Produtora: THC
Pelo nome, mais parece um daqueles jogos em FMW onde apertamos o botão certo na hora certa, baseando-se dessa vez em alguma coisa relacionada a indústria cinematográfica de Hollywood. Mas, ao iniciar o game, temos uma espécie de clone de Gauntlet muito bem feito, simpático e gostoso de jogar. O objetivo, além de se manter vivo, é pisar em todos os blocos de cada cenário. Colorindo todos, a fase encerra.
Existem 4 temas distintos, todos baseados em filmes de Hollywood, como Temple of Chaos (Indiana Jones) e Transilvania, como em filmes de terror. Recomendado.
37 - Charlie Ninja
Ano: 1995
Produtora: Mitchell Corp
Um simpático jogo que lembra muito grandes clássicos do Super NES (me vem a mente Tiny Toons). Charlie Ninja é um game onde controlamos um ninja cartunizado, ambientado em diversas fases temáticas. O objetivo é o mesmo de sempre, destruir tudo pela tela, coletar power-ups e enfrentar um chefe no final.
O game é bem interessante, com uma dificuldade aceitável.
36 - 64th Street
Ano: 1991
Produtora: C.P. Brain
Um beat'n up de responsa com personagens GIGANTES na tela. É meio limitado quanto à golpes, mas cumpre bem seu papel, tendo um bom visual. Entre os golpes, é possível arremessar os delinquentes nas lojas ao fundo da tela.
Uma boa opção para 2 jogadores.
35 - Guwange
Ano: 1999
Produtora: Cave
Pra quem gosta desse lance de bullet-hell (uma saraivada de tantos tiros na tela que fica quase impossível enxergar alguma coisa), Guwange é um prato cheio. Criado pela lendária Cave, no game controlamos diversos tipos de heróis típicos do Japão, cheios de poderes especiais que fariam Goku sentir vergonha de seu Kamehameha.
O game tem gráficos lindos, uma dificuldade absurda, mas perfeitamente dominável, caso tenha muita paciência por isso ou seja asiático.
34 - Mug Smashers
Ano: 1990
Produtora: Electronic Devices
Sem dúvidas o finalzinho dos anos 80 e começo dos anos 90 foram a época de ouro pro gênero beat'n up. A arte de sair espancando meliantes por ruas sujas tinha vários representantes de peso, mas alguns, como Mug Smashers, talvez por ter um nome horrível, tenha ficado de fora do rol dos mais famosos. Não que Mug Smashers reivente o gênero ou mereça ser comparado a uma jóia como Final Fight, longe disso, mas o game é engraçado pacas.
Imagine controlar um cara ridículo com óculos 3D, espancar um bêbado enquanto este ainda tem a garrafa nas mãos (ele dá uns golinhos durante a pancadaria), ou chutar a cara de algum cheirador folgado na calçada... Pois estes são atos que apenas Mug Smashers pode nos proporcionar.
33 - Night Slasher
Ano: 1993
Produtora: Data East
Junte os jogos Resident Evil com Final Fight e você terá Night Slashers, talvez o único beat'n up envolvendo apenas zumbis de todos os tipos. Controlando algum dos heróis mais estranhos que já vi, a missão é rapelar a zumbizada do mundo, mesmo que pra isso seja preciso usar socos e chutes.
O game é bem interessante, apresentando diversos modelos de zumbis, golpes bacanas e variados, além de um visual muito decente. Mais uma ótima pedida pra jogar com algum amigo.
32 - Recalhorn
Ano: ?
Produtora: Taito
Mais um dos raros jogo de plataforma arcade, já que os gêneros shooter e beat'n up dominavam as máquinas na época. Em Recalhorn controlamos um pequeno garoto com um chifre mágico capaz de transformar animais e inimigos em... frutas. Certo, o teor do jogo é infantil pacas, mas o game é caprichado e com uma boa dose de exploração.
Os cenários parecem ter saído de livros infantis, o visual em si é ótimo e os controles respondem bem.
31 - Big Karnak
Ano: 1991
Produtora: Julian Golcoa
Controlando um (provável) descendente de algum deus egípcio, Big Karnak é um sólido game de plataforma hack'n slash, similar ao já citado Astyanax. Ambientado no Egito, o game apresenta bons gráficos com destaque pro visual de fundo, bem caprichado realmente.
A dificuldade é relativa, após sucessivas mortes acaba-se decorando os movimentos dos inimigos e de onde eles irão surgir, o que facilita a próxima investida. Pra quem curte o estilo, é um prato cheio.
30 - Dark Seal
Ano: 1990
Produtora: Data East
Dark Seal, ou Gate of Doom como ficou conhecido no hemisfério norte, é mais um belo game que mistura RPG medieval com pancadaria pelas mãos da Data East. Controlando um dos 4 esteriótipos de herói, o jogador percorre calabouços, masmorras, florestas entre tantos outros lugares enfrentando toda a sorte de inimigos implacáveis. E quando eu digo implacáveis, eu quero dizer DIFÍCEIS!
O jogo não dá moleza, mesmo que pareça ser simples no início. Espere até alcançar o enorme dragão nos muros do primeiro calabouço...
29 - Final Tetris
Ano: 1993
Produtora: Jeil
Um bizarro jogo de Tetris onde até Michael Jackson faz uma ponta é algo, no mínimo, inusitado. O lance funciona igual todo Tetris, mas com a diferença de ser um versus: a cada linha completa, o inimigo recebe uma linha à mais na sua grade, o que acaba dificultando as coisas pra ele.

Com um monte de personagens bizarros pra escolher, Final Tetris fez até um pouco de alarde na época, até porque os personagens no rodapé da tela terminam o combate com um super combo no final, algo parecido com o que acontece com Super Puzzle Fighter.
28 - Freeze
Ano: 1996
Produtora: Atari
Freeze é um interessante puzzle realmente único. O objetivo é lançar diversos peixes coloridos no topo da tela, formando 3 ou mais fileiras da mesma cor. Ao conseguir a façanha, os blocos congelados descongelam e podem formar mais fileiras, aumentando o combo e mandando gelo pro inimigo ao lado. O game é viciante a dá pra "perder" um bom tempo com ele, visto que a dificuldade também é alta.

Eis mais um jogo que merecia um port pra algum Playstation ou Saturn da vida, visto o ano de lançamento.
27 - Fantasy Land
Ano: ??
Produtora: Electronic Devices
Fantasy Land é bem parecido com Chiki Chiki Boys, que inclusive tem uma versão para Mega Drive. Basicamente, o herói sai pelas fases atirando sem parar, coletando moedas, itens e mais itens que dão pontos, enquanto a tela ferve de inimigos vindos de todos os lados.

O visual é bem caprichado, com cores vivas e personagens bem desenhados.
26 - Gang Busters
Ano: 1988
Produtora: Konami
Um shooter diferente e curioso, onde controlamos uma espécie de PUNK de cabelo verde que decide acabar com a farra dos gangsters e bandidos da cidade. O bacana é que dá pra pegar os caras roubando bancos e levá-los até os camburões da polícia estacionados no meio das fases.

Como é um shooter, espere uma dificuldade acentuada.
25 - Gundhara
Ano: 1995
Produtora: Banpresto
Mais um clone de Mercs, mas dessa vez muitíssimo caprichado. Pra data de lançamento, esse jogo é bonito até pros padrões atuais. Podemos escolher entre dois soldados e sair metralhando tudo pelo caminho. O visual do jogo é muito bem feito, com detalhes explodindo na tela o tempo todo, rajadas vindas de todo lado, pedaços de muro e de robôs voando pelos ares e uma movimentação fluida como poucos.

É um game obrigatório pra se jogar com aquele seu amigo de infância, não importa a idade.
24 - Magical Cat Adventure
Ano: 1993
Produtora: Wintechno
Jogo de plataforma nos arcades pipocaram no começo da década de 90, quando tanto o NES, Master System quanto Mega Drive e SNES explodiam com Sonic e Mario nas casas de muitas pessoas. Na aba de Sonic, Magical Cat Adventure te coloca na pele de um gatuno laranja perdido (inicialmente) numa floresta, fazendo uso de tiros especiais para sobreviver.

Itens como diamantes lembram as argolas de Sonic, bem como a velocidade do feline ao se manter pressionado para frente. Fechando o pacote, molas espalhadas pelo cenário deixam o design das fases muito mais interessante.
23 - Ninja Spirit
Ano: 1988
Produtora: Irem
Se alguém me perguntasse sobre algum clone de Ninja Gaiden para arcades, certamente eu responderia Ninja Spirit. E não somente de Ninja Gaiden, pois Ninja Spirit puxa muita coisa de Shinobi também, como a morte instantânea caso toque em algum inimigo ou projétil. Sendo um ninja, um enorme aparato está a seu dispor, podendo ser escolhido a qualquer momento, sendo mostrado na parte inferior da tela.

Cada item pode ser evoluído, mas, não pense que o jogo é fácil, a cada instante surgem dezenas de ninjas na tela jogando suas shirikens e kunais por todo canto. É um verdadeiro teste de reflexo, mas o jogo compensa.
22 - Bloody Wolf
Ano: 1988
Produtora: Data East
Bloody Wolf, que também saiu pra PC-Engine na época, é mais um game de guerra no melhor estilo Mercs de ser. Controle um soldado solitário que se infiltra na base inimiga e resolva tudo no tiro (e na granada, às vezes).

Como um bom jogo de tiro, armas, bombas e até reféns estão a dispor do jogador, bem como a variedade de lugares e de scrolls diferentes, o que faz de Bloody Wolf um jogo bastante variado. A dificuldade é alta, mas dá pra jogar numa boa com uma certa paciência.
21 - Progear
Ano: 2001
Produtora: Cave
Mais um petardo da Cave, dessa vez honrando toda a glória dos bullet-hell, com um game similar à série 194X. À bordo de um avião, o jogador coleta tantos upgrades pelo caminho que os tiros do teco-teco ficam maiores do que ele mesmo...

Enfim, espere por chuva de tiros vindos de todos os cantos, padrões em chefes, pontos e mais pontos pipocando na tela e muitas, mas muitas mortes... À não ser que você seja asiático, claro.
20 - Shadow Force
Ano: 1993
Produtora: Technos
A experiente produtora de um dos mais conhecidos beat'n ups lançou essa pequena pérola em 1993, mas que passou batido por muitas pessoas. Shadow Force é um belo beat'n up no melhor estilo samurai de ser, com direito a espadadas, estrelas ninjas e todo tipo de equipamento dos habilidosos seres das sombras. O game tem um particularidade que, no começo, pode irritar: seu personagem não vira na tela, ele não vira pra esquerda e direita, apenas anda pra trás e pra frente, virando-se apenas quando há um inimigo atrás. E esse é um ponto curioso, ao mesmo tempo que estranho: não faz a menor falta.

Quando seu inimigo está atrás de você, seu boneco vira-se automaticamente, o que permite que o jogador se preocupe apenas em posicioná-lo e combear sem parar. Diferente e criativo, pra dizer o mínimo.
19 - Shadowland
Ano: 1987
Produtora: Namco
Eis um jogo curioso. Ambientado no que conhece-se como INFERNO no Japão (Jigoku), o pequeno protagonista enfrenta uma horda de inimigos bizarros, munido apenas de uma espécie de magia com a qual destrói os inimigos. Não existem power-ups (pelo menos não encontrei nenhum), apenas itens que valem dinheiro (pontos), com os quais formam-se vidas após uma certa quantia.

O game é difícil pacas, mesmo que no início ele se mostre bastante simples. Existe uma versão para NES também, um pouco diferente, mas mantendo a dificuldade.
18 - Funky Jet
Ano: 1992
Produtora: Mitchell Corp.
Funky Jet serve bem ao propósito dos arcades: uma diversão rápida e sem compromisso. Controlando um boxeador munido de um jetpack (!), o objetivo é socar os inimigos em cada tela para poder avançar. Alguns power-ups podem piscar na tela, como velocidade, um soco mais rápido ou até mesmo um jetpack que deixa Funky malucão pelo cenário.

É um jogo bacana, mas bem simples na sua concepção, servindo apenas como passatempo.
17 - Super Trio
Ano: 1994
Produtora: Gameace
Super Trio é um simpático jogo de plataforma disfarçado com shooter, pois seu personagem só faz isso o jogo inteiro. Apesar disso, plataformas por todos os cantos infestam as fases, que são baseadas num mundo visto por um ratinho.

Falando em rato, a produtora buscou uma forte inspiração em Mickey e Super Mouse, pois o primeiro personagem do trio, Jake, é claramente uma cópia de um deles... ou dos dois juntos...
16 - Tang Tang
Ano: 2000
Produtora: ESD
Esqueçam o ridículo nome, Tang Tang é um dos melhores puzzles que joguei nos últimos tempos. Com uma mecânica simples, basta criar e destruir blocos até alcançar seu objetivo, que é coletar uma determinada quantidade de moedas azuis por fase.

Cada inimigo tem uma particularidade diferente para ser destruído, o que obriga o jogador a planejar muito bem seu jogo antes de sair criando e destruindo blocos.
15 - Thunder Hoop
Ano: 1992
Produtora: Gaelco
Controlando um clone de Goku, sua missão é destruir alienígenas com seus poderes (que podem ser evoluídos) enquanto tenta permanecer vivo. O game é um daqueles que um dano significa morte certa, portanto, a dificuldade depende mais da sua habilidade do que outra coisa.

Uma particularidade é que Thunder Hoop é meio lento, o que facilita na hora de planejar ataques ou avanços com cautela. Se torna viciante após algum tempo.
14 - Tiger Road
Ano: 1987
Produtora: Capcom
Tiger Road te coloca na pele de um monge equipado com um machado (inicialmente), com a missão de recuperar alguns pergaminhos roubados e resgatar sua pequena aprediz, raptada pelos inimigos. O game é interessante e possui controles sólidos, com uma certa exploração de cenários e diferentes armas para encontrar.

Os inimigos são simples no começo, mas vão ficando cada vez mais difíceis com o avanço pelo jogo, nada anormal. O visual é bacana e o jogo consegue ser divertido.
13 - Toobin'
Ano: 1988
Produtora: Atari Games
A criatividade é o limite. Quando eu penso que já vi de tudo no mundo dos games, eis que topo com algo realmente inusitado. Toobin nada mais é que a famosa corrida de bóia no rio, uma divertida competição pra ver quem chega primeiro ou, no caso, coleta mais pontos pelo caminho também. À primeira vista, parece simples, mas não é. O diferencial é que o direcional inexiste nesse jogo, sendo que dois botões controlam as mãos do personagem (um botão pra cada mão), fazendo com que ele consiga virar durante a descida. Ao apertar os dois juntos, ele pega impulso e consegue ir mais rápido.

Há ainda mais um botão para jogar latinhas no rival, que também desce o rio e te sacaneia quando pode. Apesar dos pesares, o game é muito divertido.
12 - Trojan
Ano: 1986
Produtora: Capcom
Trojan é mais um daqueles arcades de plataforma onde o personagem usa uma espada para dar fim nos inimigos. É divertido, difícil pra caramba (padrão Capcom), mas não oferece nada de diferente quanto aos demais, à não ser uma música chata que ecoa nos ouvidos mesmo depois de desligado o jogo.

Parece uma versão de Tiger Road, mas com um punk armado com espada em uma cidade destruída sem o charme do primeiro.
11 - Wardner
Ano: 1987
Produtora: Taito
Confesso que fazer essa lista me tomou mais tempo do que o programado. E os culpados são os jogos tipo esse Wardner, quase impossíveis de serem largados. A Taito lançou essa pérola há longínquos 25 anos atrás e, hoje, em plenos 2012, o game ainda consegue cativar. No começo a estranheza fica por conta de NÃO CONSEGUIR CONTROLAR O PERSONAGEM APÓS UMA QUEDA, o que naturalmente resulta em mortes bestas.

Mas, depois que se pega o jeitão, o game é delicioso, um belo jogo de plataforma. Wardner saiu ainda para Mega Drive e NES, mesmo que ambas as versões sejam meio desconhecidas.
10 - Tecmo Knight
Ano: 1989
Produtora: Tecmo
Imaginem um Golden Axe com um só personagem e com muito sangue e cabeças pulando... Pronto, temos Tecmo Knight! O beat'n up que leva o nome da produtora é competente, tem um sistema de magia diferente e, ao mesmo tempo, similar ao Golden Axe: quanto mais estrelas, mais forte será o poder, ou, no caso, a montaria.

Sim, porque nesse jogo os poderes ficam por conta das montarias que o personagem usa, um mais bizarra que a outra.
9 - Willow
Ano: 1989
Produtora: Capcom
É de se espantar, com o capricho de algumas produtoras, que certos jogos foram feitos há décadas atrás. Willow é caprichado ao extremo em todos os aspectos: storyline, gráficos, músicas, efeitos sonoros e dificuldade. Sendo um autêntico jogo de plataforma, Willow ataca jogando rajadas de poder que saem de suas mãos, podendo, inclusive, ter o ataque carregado.

Moedas pulam de inimigos, bem como baús em lugares de difícil acesso instigam o jogador a explorar muito bem o cenário. Lojas com um mago vendem desde armas novas até anéis e energia e os chefes são enormes e difíceis de bater. Um game pra se jogar com calma, explorando cada cantinho.
8 - The Crystal of Kings
Ano: 2001
Produtora: Brezzasoft
Não é de se estranhar que esse jogo jamais foi visto por essas bandas: teve uma produção limitada para uma placa até hoje raríssima, a Zealer Board. O jogo conta com gráficos caprichados, pré-renderizados e efeitos muito bonitos até pros padrões atuais. Sendo um beat'n up medieval, as comparações mais óbvias caem no colo de Golden Axe, apesar de serem de épocas diferentes.

Os controles respondem bem e o jogo é bem divertido, onde bater e espancar orcs e monstros é seu mote principal.
7 - Desert Breaker
Ano: 1992
Produtora: Sega
Um belo shoot'em up, onde controlamos um soldado de três numa missão suicida, como de praxe. O game é bonito e tem vários efeitos bacanas, além de ser um estilo bom pra ser jogado com mais alguém ou, no caso, mais dois amigos.

Gráficos caprichados, som legal e muitos, muitos tiros, não fica devendo em nada pra outros do gênero.... Talvez para Gundhara....
6 - Downtown
Ano: 1989
Produtora: Seta
Certos jogos, com certos ajustes, ficariam muito melhor. Downtown é um caso desses. O game não é ruim, tem todo um climão de filme dos anos 80, a porrada come solta no meio da rua, mas falha miseravelmente na movimentação do personagem.

Ao invés de usar as setas para mover livremente o personagem, a produtora inventou de colocar botões para rodar o protagonista, o que acabou destruindo toda a experiência do jogo. Dá pra se acostumar com o tempo, mas haja paciência pra isso.
5 - Dream World
Ano: 2000
Produtora: SemiCom
Não se enganem pelo visual infantil ou pelo nome mais infantil ainda. Dream World é um dos puzzles mais bacanas que tive o prazer de jogar. Ele mistura, com êxito, elementos de plataforma com a mecânica de Lode Runner como poucos. O resultado disso é um puzzle game de primeira, com muito desafio.

Claro que as fases iniciais servem apenas para aprender os macetes, como pisar nos inimigos ou cavar buracos para enterrá-los, mas, após algumas etapas, o jogo começa a ficar interessante e não dá vontade mais de largar.
4 - Dyna Gear
Ano: 1993
Produtora: Sammy
Um rápido side scroller misturado com shooter e ambientado na era pré-histórica. Controlando o guerreiro ou o lobo, o objetivo é avançar destruindo tudo e coletando power-ups, armas e moedas, MUITAS moedas.

Um jogo bem bacana, com gráficos legais e muito rápido.
3 - Escape From the Planet of the Robot Monsters
Ano: 1989
Produtora: Atari Games
O game se parece muito com Alien Shooter, talvez seja um ancestral do mesmo. A missão, como o título diz, é escapar do maldito planeta dos malditos robôs monstros, e pode ter certeza de que não será fácil. A movimentação do personagem e da tela deixa um pouco a desejar, mas o game é divertido.

Talvez se jogado com mais uma pessoa ele se torne melhor ainda. O visual de desenho animado dá um tom único à ele.
2 - Evil Stone
Ano: 1990
Produtora: Spacy Ind.
Um game diferente dos outros, onde PULAR é fundamental tanto para sobreviver quanto para avançar no jogo. Em Evil Stone, o lance é pular de pedra em pedra e chutar os inimigos para longe, conseguindo assim avançar pelo jogo.

Mas, como podem adivinhar, os inimigos também o fazem e de diversas formas, desde jogando rajadas em você ou então te empurrando para abismos. Curioso e muito divertido.
1 - Gunforce 2
Ano: 1991
Produtora: Irem
Se Gunforce um dia inspirou Metal Slug, ninguém sabe responder, mas que ambos são MUITO parecidos, isso são. Tanto no estilo visual quanto sonoro, os games da SNK e Irem parecem ter vindo do mesmo produtor (talvez até seja, não chequei isso) de tão similares. Em ambos o protagonista morre com um tiro, salva pessoas (no caso de Gunforce, lindas moças) e tem tiros pra todo canto além de explosões que varrem a tela toda.

Chefes gigantescos armados até os dentes também fazem parte do pacote, um jogo indispensável pra quem curte ação.
E assim eu encerro essa pequena lista de jogos obscuros dos arcades. Pequena, pois o vasto mundo dos fliperamas guarda muito mais jogos, os quais daria pra fazer outra lista tranquilamente, mas acho que consegui extrair um bom conteúdo nessa. Espero que todos tenham gostado, outra dessas vai demorar pra sair.
Abraços a todos!