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O Desconhecido & Bizarro - Mega Drive (Vol.1)

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No começo do mês de Julho, vocês conferiram uma pequena lista de jogos mais desconhecidos e alguns bem bizarros para o Nintendinho, o volume 1 do console. A lista compreendia desde games não lançados, protótipos e até mesmo jogos lançados e licenciados, mas bizarros demais pra alcançar o grande público ou se tornarem populares. Desta vez, trago mais uma pequena lista, mas agora do 16 bits da Sega, o querido Mega Drive.

Novamente, alguns são jogos nem lançados, outros protótipos e mais outros simplesmente desconhecidos. Alguns ruins, outros piores e até mesmo jogos razoáveis. Com vocês, O Desconhecido & Bizarro, versão Mega Drive!


1 - Squirrel King
Resolvi começar com um jogo que inspirou outro game igualmente bizarro, o Super Mario Bros do Mega Drive. A Gamtec lançou esse game em 1995, óbviamente, sem qualquer licença da Sega ou (menos ainda) da Disney, tendo os esquilos Tico & Teco como protagonistas. A mecânica do jogo é seu maior chamariz, já que ela praticamente copia o que foi criado em Chip and Dale do NES, mudando apenas o visual para os 16 bits e um novo design de fases.



O game é uma completa salada de outros jogos já lançados. Temos desde músicas da série Donkey Kong Country até efeitos sonoros usados no jogo Bonkers, a mecânica já comentada do Chip and Dale, mas o gameplay em si é até interessante. Pelo menos os caras criaram fases realmente novas, inimigos e todo um design novo. Talvez se eles tivessem usado personagens diferentes e não colocassem músicas de outros games, o resultado poderia ter sido melhor.

2 - Mamono Hunter Yohko - Dai 7 no Keishou
Mamono é um dos poucos jogos baseados em devil slayers, ou caçadores de demônios, como se auto-denominam, derivados de uma famosa série japonesa chamada Fairy Tail. Diferentemente de tudo no anime, o game é bastante inspirado na série de jogos Valis, tendo inclusive uma protagonista feminina armada com uma espada. Todo o andamento do jogo é como um jogo de plataforma comum, onde Yoko, a protagonista, pode pular em plataformas e descer a espada nos inimigos pelo caminho.



O jogo é bastante implacável com o jogador. Talvez pelo design adotado logo na primeira fase (uma espécie de pântano cheio de árvores sinuosas), é fácil cair em buracos e perder as vidas logo nos trechos iniciais. Yoko não é uma personagem difícil de controlar, mas o alcance de sua espada é curto e acertar os inimigos, muitas vezes rápidos, requer uma certa prática. Ao menos dá pra se carregar o ataque e desferir uma bola de energia, o que já ajuda bastante.

3 - Hercules 2
Este jogo sequer foi lançado oficialmente e, por aí pela internet, ele é chamado tanto de Hercules quanto de Hercules 2. No caso do primeiro, na verdade é o jogo Dahna: Megami Tanjou, apenas renomeado como Hercules. No caso do segundo, é este... negócio aqui que vos apresento. O jogo tem um bocado de coisas erradas, mal programadas, mas é nítida a cara de pau e a ousadia desse pessoal da Ex-Chuanpu (mais ainda da "publisher"X Boy), que pegou toda a essência da versão de Playstation feita pela Disney e importou pro 16 bits da Sega (e da Nintendo também).



Talvez o maior problema em Hercules 2, além de óbviamente ser uma cópia mal feita da versão 32 bits, sejam os pulos do héroi: é impossível saltar corretamente nesse jogo, à menos que você pratique bastante para entender como funciona. O game mistura lances de plataforma com combate com a espada e socos de Hercules, além de uma pitada de exploração em busca das letras do seu nome. Pular, em jogos de plataforma, é a ação principal. Se tivesse sido melhor polido, poderia passar pelo menos como um jogo mediano de plataforma do Mega.

4 - Math Blaster Episode 1
Eu conheci esse jogo em um aluguel de locadora, num momento onde peguei ele com mais cinco jogos (um dos raros momentos que aluguei mais de dois jogos, afinal, eu estava recém operado e minha mãe quis me agradar hehehe). Math Blasteré um daqueles jogos que você acaba conhecendo e, anos mais tarde, num estalo de memória, acaba se lembrando do jogo, mas nunca do nome dele. Foi o meu caso, que muitos anos depois, eu vim a redescobri-lo num site de emulação.



Em Math Blaster controlamos uma nave espacial com a missão de destruir asteróides, mas com base em cálculos matemáticos. Existe uma sentença no centro do painel da nave, geralmente alguma continha de matemática pra resolver e é preciso acertar o elemento no cenário que contém o resultado. Acertando corretamente e em pouco tempo, ganha-se mais pontos. Quando você erra, uma barrinha lateral vai diminuindo. Alguns inimigos na tela ainda podem atirar em você, portanto, fique atento à eles e atire sempre pra evitar danos. É um jogo criativo, mas que acaba cansando logo.

5 - Pyramid Magic (trilogia + Special)
Pyramid Magic foi uma trilogia de jogos simples que saíram exclusivamente no sistema Sega Net, o sistema online para o Mega Drive. Junto dele, mais outro punhado de jogos meio desconhecidos foram lançados também, todos exclusivamente no Japão, onde esse sistema foi maior difundido. Além dos três jogos principais, existe ainda uma versão Special, com mais fases e desafios, ideal para as 2 únicas pessoas que devem ter jogado e gostado disso...



Resumidamente, os jogos da série Pyramid Magic te colocam na pele de um explorador, que precisa usar os objetos no cenário para alcançar a saída. Temos desde chaves coloridas para abrir baús, o uso de blocos empilhados para alcançar lugares altos e um item especial que deve ser encontrado para liberar a saída. À qualquer momento, através de uma combinação de botões, o jogador pode sacrificar uma vida caso se veja sem saída na fase (e, acreditem, isso é extremamente comum até aprender os comandos). Controlar o boneco é simples, o complicado é saber a combinação de botões já que, mesmo tendo um menu ensinando, está tudo em japonês. Pra aprender a carregar um bloco, por exemplo, eu fiquei mais de 10 minutos tentando na primeira tela...

6 - The Lion King 2
Mais um jogo promovido pela Gamtec, a desenvolvedora com sede em Taiwan que produziu algumas bizarrices pro Mega Drive e também pro NES! Squirrel Kingé dos caras e, a despeito do primeiro jogo, este aqui também fica no meio termo entre bom e médio. Controlamos Simba por fases de plataforma, com alguns efeitos sonoros "roubados" de outros jogos (como do próprio Squirrel King) e com músicas bem mais ou menos. A jogabilidade, pelo menos, é bem feita e dá pra encarar numa boa, apesar de algumas falhas no pulo do personagem.



O que mais me espanta nesses caras é que eles tiveram a audácia de incluir até mesmo o Mufasa como personagem jogável, após cumprir um requisito no jogo (encontrar um item, na verdade). Além disso, a animação dos personagens é toda copiada do original da Disney, lançado em 1994 pro Mega Drive e Super NES. O jogo ainda teve uma outra sequência, denominada The Lion King 3, também se baseando no filme famoso da Disney.

7 - Baby's Day Out
Este é mais um puzzle game, mas, diferente de Pyramid Magic, aqui controlamos um anjo com a missão de guiar um bebê por diversos cenários, tomando uso de vários itens e objetos pelo caminho. Não, você não leu errado! No jogo, que é baseado no filme Ninguém Segura Este Bebê, o anjo que controlamos pode entrar em alguns objetos como blocos e sapatos, subir escadas e arrumar tudo pra que o caminho do bebê até a bandeirada final seja calmo, tranquilo e seguro. Esse é o objetivo do jogo em todas fases dele.



Pra aliviar um pouco o sofrimento do jogador (sim porque, apesar da temática, você vai sofrer um bocado aqui pra controlar o anjo e cuidar da criança), vários tutoriais estão espalhados pelo jogo, pelo menos no início dele. Eles ensinam as coisas básicas, como as chaves pra abrir determinadas portas, como entrar nos objetos e como funcionam os blocos. O visual é bizarro, tudo é pré-renderizado, o bebê parece de jornal enquanto seu anjo mais parece uma estátua de cemitério voando...

8 - S. S. Lucifer: Man Overboard
Pense em uma mistura de Lemmings com esse último jogo aí de cima, o Baby's Day Out e você vai ter algo bem próximo do que Sink or Swin Lucifer: Man Overboard tenta ser. A começar pelo nome do jogo, que no Mega Drive ele é conhecido apenas como Man Overboard, trata-se de um port de Amiga do jogo Sink or Swin, uma espécie de puzzle que funciona da forma como citei acima: você controla um carinha responsável por livrar as pessoas de um naufrágio no meio do mar, tendo que levá-los à saída do lugar em segurança. Para isso, usa-se bombas pra abrir o caminho, aciona-se alavancas pra mudar o percurso de esteiras e etc. Se as pessoas morrerem no trajeto, provavelmente terá que refazer a fase toda.



Por sorte, Man Overboard apresenta um password a cada fase terminada, o que anula o desconforto de morrer seguidamente no jogo. O visual é bem carismático, com uma boa animação dos personagens. Por se tratar puramente de um puzzle, pode cansar rápido pra alguns, mas é um jogo interessante.

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